Olhando para doenças e sintomas através das Constelações Sistêmicas
As ideias da medicina hipocrática já falavam em olhar para os sintomas e as doenças como resultado de fatores não apenas físicos, mas também biológicos e emocionais. Hipócrates dizia: “Antes de curar alguém, pergunta-lhe se está disposto a desistir das coisas que o fizeram adoecer.” Isso significa que, quando vem um diagnóstico ou um sintoma, nosso corpo físico está enviando uma mensagem que precisa de nossa coragem e vontade para ser decodificada.
Quando o sentido da doença é descoberto, movimentos no sistema são gerados e a manifestação da doença vai perdendo força, ou seja, a doença perde o sentido de existir, pois cumpriu sua missão.
Em 2016, tive um diagnóstico de esclerose múltipla e imediatamente fui olhar sistemicamente para o que estava por trás de um diagnóstico tão sério e impactante. Após a constelação, compreensões profundas vieram à tona e os sintomas de formigamento, desequilíbrio, confusão mental, perda de memória, alteração de temperatura em partes do corpo foram desaparecendo, assim como a inflamação neurológica. Fiz o tratamento com as medicações do SUS por 7 anos como protocolo da neurologista. Atualmente só faço acompanhamento por ressonâncias, sem nenhuma medicação. A doença é um presente! Quanto aprendizado ela me trouxe. Passei a vida me dando direito de ser leve, sem carregar dores profundas transgeracionais que eu era fiel.
Ao longo desses anos, como consteladora, tive a oportunidade de atender com constelação casos de doenças como cerotocone, dor crônica no ombro, dor crônica na barriga, enxaqueca, gagueira, esclerose múltipla, câncer de mama, miomas, insônia, síndrome do intestino irritável, compulsão alimentar, farmacofobia, depressão, infertilidade, dependência química, dentre os que me lembro. Em todos os casos obtive feedbacks dos clientes relatando o desaparecimento total do sintoma, cura da doença aliada com tratamento médico e/ou cirurgia e, principalmente, a melhora da qualidade de vida do cliente durante a realização de seus tratamentos médicos, em termos de lidar com a doença como algo bom, como uma experiência de transformação.
Atendi também casos complexos como agressividade aguda em criança com TEA e outro caso de adulto com obesidade grau II, que exigia também muitas mudanças de padrão de comportamento, ações por parte do sistema familiar todo destes clientes, mas que ainda assim trouxeram compreensões e outras respostas que não exatamente o desaparecimento do sintoma, proporcionando inúmeros benefícios.
O objetivo deste singelo é artigo, é um compartilhar para que seu coração se abra ao novo, caso você esteja enfrentando a notícia de um diagnóstico ou sofra há muito tempo com sintomas incapacitantes, dores ou incômodos inexplicáveis em exames.
A alma de seu sistema familiar tem uma sabedoria arcaica e está pronta para mostrar o que precisa ser revelado: pode ser uma morte não chorada, um segredo que precisa ser revelado, alguém da família que não teve direito, uma culpa que precisa ser vista, entre outros enredamentos.
Não se trata de milagre, trata-se de autoconhecimento integral: mente, corpo e espírito. A escolha de viver bem é só sua.
(Roberta Barsotti)
“(…) no mundo não há nenhum outro tipo
De tratamento senão o amor. É sempre o amor que cura porque
O amor faz você inteiro (…)” – Bert Hellinger
