Equilíbrio de troca nas relações

Dentro dos sistemas, tanto familiares como organizacionais, existe uma necessidade de compensação entre perdas e ganhos, entre dar e receber. É um sentido forte de equilíbrio que ocorre nos níveis consciente e inconsciente. Essa lei diz se há débitos ou créditos com alguém. É bem simples: se você deu algo (oportunidade, disponibilidade, amor e até mesmo presentes materiais) – é natural você esperar receber algo em troca, ainda que não seja consciente ou na mesma moeda.

O outro, por sua vez, normalmente sente uma pressão para retribuir o que recebeu.  Se esta troca for positiva, a relação será fértil, ou seja, você dá um presente a um amigo e em troca recebe afeto, por exemplo. Num outro momento, ele também lhe presenteia e ambos se sentem bem. A relação de troca fica equilibrada, tornando possível uma convivência longa e saudável.
Se, em uma negociação há equilíbrio, então há também liberdade, alegria e portas abertas para novas negociações e encontros. Os dois lados ficam satisfeitos. Caso contrário, uma das partes não se sente bem. E quando há dívida, uma das partes fica presa. A dívida funciona como uma necessidade de pagar algo para que o equilíbrio retorne. Ela muitas vezes atua como um fantasma, retorna, assombra e resulta em sentimento de culpa, atuando secundariamente, sem que se perceba sua origem.

Os grandes desequilíbrios no sistema podem atravessar gerações e causar enredamentos sistêmicos como nos casos de brigas por heranças, golpes em empresas, não pagamento justo de funcionários, demissão injusta, casamentos desgastados, traições, falências, entre outros.

Nas constelações podemos observar pessoas que não se dão o direito de prosperar sendo inconscientemente fiéis às pessoas que sofreram injustiça por parte de seus ancestrais. É uma dinâmica muito recorrente.

 (Roberta Barsotti)

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