Quando comecei a trabalhar com as Constelações Sistêmicas, comecei a perceber músicas tocando nos meus ouvidos enquanto constelava os clientes. Como musicista e musicoterapeuta, foi inevitável essa linguagem penetrar no mundo fenomenológico de tratar pessoas.
As Constelações Sistêmicas são intervenções terapêuticas muito profundas e extremamente curativas. A música, por sua vez, também mobiliza emoções profundas além de ser um estímulo altamente complexo a nível neurológico. Por este justo motivo, juntar as duas áreas de atuação foi um caminho certeiro.
Apesar disso, acredito que a música deve ser utilizada com responsabilidade e conhecimento, pois levar o cliente para um lugar profundo em sua alma e não conseguir trazê-lo de volta com novas possibilidades de cura, pode ser altamente desastroso!
Através da prática, passei a realizar workshops com técnicas de musicoterapia, constelar composições musicais de clientes músicos, constelar “música-tema” de clientes, utilizar sons com objetivos específicos em dinâmicas e exercícios sistêmicos.
A música é um recurso fantástico dentro da Constelação Sistêmica, pois a alma encontra o acolhimento necessário para se expressar em liberdade através dos movimentos que os representantes seguem dentro do campo, adiantando saltos quânticos em direção à cura e incentivando movimentos de reconciliação entre os familiares que estão em desacordo, motivo de tanto sofrimento e doenças. Muitas vezes, só a música é suficiente para colocar algo em movimento, ou seja, sem a necessidade de nenhuma palavra do terapeuta ou do cliente.
Realizo workshops de Constelações com Musicoterapia uma vez ao ano – todo mês de dezembro – sempre com um músico profissional convidado. É um trabalho especial, leve, divertido e ao mesmo tempo profundo para pessoas que se identificam com música e instrumentos musicais.
“A música é uma fumacinha que passa por debaixo de uma porta fechada. É impossível não a sentir chegar.”
(Roberta Barsotti)