“O sucesso tem a cara da mãe”

A felicidade é uma dádiva e ela vem sempre de uma relação. Conseguimos ser felizes quando nos alegramos com uma relação. Porém, as relações posteriores tender a não ter muito êxito enquanto a relação primária não for bem-sucedida – que é a relação que temos com nossas mães! Todo relacionamento começa com a mãe. A maioria dos problemas surge quando algo nessa relação não se realizou em plenitude. A alegria começa com a mãe, pois a felicidade mais profunda da criança consiste em estar com a mãe – essa é a felicidade original.

Mais tarde, naturalmente, a criança precisa também buscar a felicidade em outras pessoas. Mas isso não importa, pois ela já leva consigo a felicidade original. Mais tarde há uma distância maior, mas o fundamental consistiu em olhar a mãe nos olhos e dizer-lhe: “sim, eu me alegro porque você é minha mãe. Esta é a coisa mais bela que existe: que você é minha mãe”.

O pai também conta, naturalmente, mas a felicidade começa com a mãe, afinal, é ela quem nos carrega no útero. Nesse particular o pai e a mãe não estão no mesmo nível. Existe um desnível. O pai sabe disso, mas não precisa ficar com ciúme, porque o mesmo aconteceu com ele em relação à sua mãe.

O que se observa no dia a dia do consultório, é que quando o cliente está descontente ou frustrado com sua mãe, nada vai muito para frente em sua vida, pois está ressentido e vazio. Dessa forma, ele acaba por se afastar inconscientemente de tudo que é bom, atraindo para ele mesmo a falta daquilo que julga que merecia receber de sua mãe.

Porém, é estranho pensar como podemos tomar uma mãe que nos abandonou, uma alcoólatra desamparada que não conseguiu cuidar de seus filhos, uma mãe que precisou se prostituir, que tivemos uma relação tóxica, entre outros.

Através das Constelações Sistêmicas podemos ter muitas compreensões, alívio e caminhos de cura mesmo nas histórias mais difíceis pois mães e pais são seres humanos comuns, falíveis como qualquer outro ser humano e que também podem estar emaranhados com as tragédias seu sistema de origem, repetindo sofrimentos.

Devemos tomá-los apenas como pessoas comuns – essa é uma distinção importante – não o que nos deram ou o que nos recusaram, pois, o mais rico e valioso eles já nos deram, que é a VIDA.

Bert ainda salienta o que significa ser mãe: “todas as mulheres que se tornaram mãe a fizeram de maneira plena e perfeita, caso contrário, não teriam se tornado mães!” Tudo o que vem depois (amor, estudo, alimentação, aconchego) tem um papel secundário, pois essas necessidades, qualquer outra pessoa pode nos dar, por exemplo, os avós, tios, babás, mãe e pais adotivos, irmãos, etc. Mas a VIDA somente a mãe e o pai podem nos dar, é algo simples! Às vezes a criança levou um tapa, ela recorda e remói o fato a vida inteira – mas se esquece que recebeu dos pais a vida em sua totalidade.

Através do atendimento com as Constelações Familiares, conseguimos identificar essa falha na relação primária e restabelecer o fluxo do amor interrompido, conduzindo o cliente à vida plena e aos relacionamentos.

               “Nenhuma mãe foi melhor ou pior do que outra. Como MÃES, todas foram PERFEITAS. “Esse é um belo pensamento”! Bert Hellinger

                                                                                                                                      (Roberta Barsotti)

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